Nível de atividade física de lazer e sua associação com a prevalência de síndrome metabólica em adultos: estudo de base populacional

O objetivo desse estudo foi de analisar as associações entre mudanças do nível de atividade física de lazer em adultos com a prevalência de síndrome metabólica. Foi realizado um estudo de base populacional com 818 adultos de 20 anos ou mais em Florianópolis, Santa Catarina, entre 2009 e 2014. Testou-se a associação da manutenção e/ou mudança do nível de atividade física com a prevalência de síndrome metabólica, ajustada por variáveis sociodemográficas (sexo, idade, escolaridade, renda, estado civil e cor da pele) e tabagismo. Empregou-se regressão logística, estimando-se as razões de chance (OR) e os respectivos intervalos de confiança (IC95%). O estudo mostrou uma prevalência geral de síndrome metabólica de 30,9% (IC95% 27,2 – 34,7). Independentemente das variáveis de ajuste, os adultos que deixaram de ser ativos e/ou se mantiveram fisicamente inativos no lazer no período apresentaram, respectivamente, 108 e 124% maiores chances para a síndrome metabólica (OR = 2,08; IC95% 1,30 – 3,33) e (OR = 2,24; IC95% 1,38 – 3,65). As mulheres e os indivíduos com idade inferior a 45 anos apresentaram menores chances para a síndrome metabólica. Os autores concluíram que nesta amostra, manter-se inativo ou passar a sê-lo associou-se, significativamente, com maiores chances para a síndrome metabólica.

Santos FAA et al. Nível de atividade física de lazer e sua associação com a prevalência de síndrome metabólica em adultos: estudo de base populacional. Rev Bras Epidemiol. 2020; 23: 1-13.

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