Impacto do estado nutricional materno sobre o peso ao nascer de prematuros
No estudo publicado em junho de 2021, foi avaliado o impacto do estado nutricional materno sobre o peso ao nascer de prematuros, tendo em vista a compreensão desse impacto como objetivo do estudo. O nascimento prematuro pode ser entendido como um desfecho proveniente de determinantes desde a preconcepção a ambientais, estando associado a condições perinatais, como doença hipertensiva e diabetes mellitus gestacionais e restrição do crescimento intrauterino (RCIU), por exemplo. O peso do neonato é um dos fatores determinantes para a sobrevivência infantil, visto que o ambiente intrauterino exerce influência permanente sobre a estrutura, a fisiologia e o metabolismo de cada indivíduo. Como resultado, ao avaliar o perfil materno, constatou que em torno de 30% eram adolescentes e 12% tinham idade maior ou igual a 35 anos. A maioria das mulheres tinha mais de 4 anos de estudo, apresentava renda familiar mensal ≥ 1 salário-mínimo, viviam com seus cônjuges, além de 68,82% apresentou ganho de peso gestacional inadequado e a presença de doenças na gestação (55,12%). Ao se referir aos recém-nascidos, a maioria nasceu de parto cesariana, com peso adequado, comprimento adequado e boa vitalidade, com média de idade gestacional de 33,59 ± 2,30 semanas. Na literatura detectou-se que gestantes com excesso de peso na gestação ou com ganho ponderal gestacional excessivo tiveram maiores riscos de nascimento de crianças prematuras grande para a idade gestacional (GIG). A conclusão do estudo foi que essas variações nas condições de nascimento têm grande impacto, podendo levar a prejuízos na saúde infantil, reforçando a necessidade de orientações e acompanhamento desde o pré-natal, funcionando como porta de entrada para o cuidado mãe-filho.
Dutra TA et al. Impacto do estado nutricional materno sobre o peso ao nascer de prematuros. BRASPEN J 2021; 36 (2): 165-72.